segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Como montar um escritório verde?

Veja esta outra matéria:
Como Fazer Melhor / sustentabilidade - Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios

Prédios ecológicos melhoram o planeta e também o caixa de sua empresa

Por Carin Hommonay Petti
Os chamados prédios verdes são benéficos para o meio ambiente, reduzem os custos e aumentam os lucros das empresas. A construção é 5% a 10% mais cara que a de um edifício convencional, mas o investimento se paga em dois anos, afirma Nelson Kawakami, diretor-executivo da ONG Green Building Council Brasil. A diminuição de custos, que é permanente, chega a 50% do consumo de água e a 45% do gasto com energia, segundo a consultoria ambiental Instituto Muda. “Mesmo pequenas mudanças, como a troca de torneiras e válvulas da descarga, permitem ganhos consideráveis”, diz o sócio da empresa Alexandre Furlan Braz. Ao lado ele mostra as principais características dos prédios verdes.


BOAS MEDIDAS Inteligência a serviço do bolso e do meio ambiente
Alexandre Affonso
1> As placas captam a energia solar, utilizada para o aquecimento da água

2> Os aparelhos de ar condicionado têm certificado de economia de energia emitido pela Eletrobrás em parceria com o Inmetro

3> Claraboias e janelas favorecem a iluminação natural, reduzem o consumo de energia elétrica e melhoram as condições de trabalho. Um exemplo: na empresa americana de biotecnologia Genzyme, nos arredores de Boston, a produtividade dos funcionários aumentou 15% e as ausências por doença caíram 5% após a mudança da sede para um prédio com muitas janelas e teto de vidro

4> Floreiras nas janelas contribuem para reduzir a temperatura do interior do prédio

5> A água da chuva, captada no telhado, é levada pelas calhas a um tanque para armazenagem e depois utilizada para lavar áreas comuns e regar o jardim

6> O consumo de energia elétrica pode cair até 40% com a instalação de sensores de presença para acionar as luzes de locais menos movimentados, como garagens e escadas

7> Os restos de frutas consumidas pelos funcionários, folhas secas e a grama cortada vão para a compostagem, que transforma o lixo em adubo orgânico

8> Vidros especiais, conhecidos como low-e, deixam a luz entrar sem esquentar demais o ambiente

9> Cobrir o telhado e as paredes com plantas ajuda a resfriar o interior do prédio e a economizar com o ar-condicionado
Alexandre Affonso
1> Canecas substituem os copos descartáveis

2> Caixas sob as mesas servem para coleta de papel usado. Em cada andar há cestos de lixo para reaproveitamento. O material pode ser doado a cooperativas dedicadas à reciclagem
Alexandre Affonso
1> A descarga tem dois dispositivos: um para vazão de seis litros de água, para resíduos sólidos, e outro para três litros, destinado a líquidos

2> A água do chuveiro dos funcionários é reutilizada nas descargas

3> Torneiras de pressão ou acionadas por sensores ajudam a reduzir o consumo de água em até 40%

COMECE CERTO Cinco formas de reduzir o impacto ambiental na hora da construção
Em um prédio comercial de 18 andares há mais emissão de carbono em dois anos de obras do que em dez anos de uso do edifício, mostra um levantamento feito por Roberto Marin, sócio-diretor da consultoria ATA (Ativos Técnicos Ambientais). Marin e Alexandre Furlan Braz, sócio do Instituto Muda, dão algumas dicas para minimizar o problema:

>>> Utilize madeira certificada. O desmatamento é causa de 70% das emissões de gases do efeito estufa no Brasil

>>> Use materiais reciclados,como aço, ferro e peças de demolição

>>> Contrate projetos arquitetônicos com menor emprego de aço e cimento. A sua produção gera emissões de carbono

>>> Procure usar cimento do tipo CP 3 e CP 4, produzidos com resíduos industriais

>>> Nunca descarte o material na rua. Contrate caçambas ou leve o entulho a pontos de coleta e reciclagem da prefeitura


Site:
http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI108046-17157,00-COMO+MONTAR+UM+ESCRITORIO+VERDE.html

Garrafa PET revive no telhado

Reportagem / econegócio - Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios

Empresa amazonense investiu R$ 3 milhões para criar telhas de plástico reciclado semelhantes às de cerâmica, porém mais leves e duráveis

Por Sérgio Tauhata
A ideia de fabricar telhados a partir de garrafas PET é resultado de inspiração e, acima de tudo, de muito trabalho. O engenheiro eletrônico Luiz Antonio Pereira Formariz, de 34 anos, pesquisou por dois anos antes de tornar-se empreendedor. Há 12 anos criou a Telhas Leve, em Manaus, no Amazonas, com investimento de R$ 3 milhões, para produzir telhas a partir de plástico reciclado. As peças pesam um décimo das feitas de barro. A durabilidade é, no mínimo, o dobro da tradicional, mas pode ser até cinco vezes maior.

Com 80 representantes no país, a empresa fabrica 30 mil telhas por mês e fatura R$ 1,3 milhão por ano. A inovação custa ao consumidor duas vezes e meia o preço das telhas convencionais. No entanto, a estrutura de sustentação do telhado sai por um quarto do preço da tradicional. A companhia afirma que a economia com a estrutura compensa o valor maior da cobertura. “O mercado para esse tipo de produto cresce pouco, mas de maneira consistente. Falta mudar a cultura da construção”, afirma Formariz.

FABIANO ACCORSI
ANTI-UV
As telhas recebem tratamento contra radiação solar para assegurar
a durabilidade. A fixação é feita com pinos e abraçadeiras que
acompanham os lotes
 Divulgação
TELHADO COLORIDO
A companhia fabrica telhas em cinco cores.
A marrom-cerâmica reproduz com fidelidade
o tom das peças tradicionais, feitas com barro
 Divulgação
EMPREGOS INDIRETOS
A empresa adquire 50 toneladas de garrafas PET
por mês de 65 cooperativas de catadores em
Manaus. A atividade beneficia famílias inteiras,
totalizando 400 pessoas
 Divulgação
PRODUÇÃO ENXUTA
Cada injetora elétrica leva 30 segundos para
fabricar uma telha.O plástico é lavado, moído
e segue paraas máquinas, que derretem e inserem
o material dentro dos moldes



Fonte:
http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI107773-17171,00-GARRAFA%20PET%20REVIVE%20NO%20TELHADO.html